Uma carta aberta ao Ministério da Educação exige o respeito pelos direitos das crianças e pede uma investigação objectiva e rápida ao caso do rapaz de Mirandela, vítima de bullying.
Algumas organizações, entre elas, a secção portuguesa da Aministia Internacional, escreveram uma carta aberta ao Ministério da Educação exigindo uma investigação profunda ao caso do Leandro, a criança de 12 anos vítima de bullying, que se terá suicidado, atirando-se ao rio Tua.
A «indignação» perante estes factos terá levado cinco Organizações Não Governamentais (ONG) a sugerirem uma homenagem a Leandro, para que na próxima segunda-feira às 11:00, seja feito em todas as escolas do país um minuto de silêncio.
As ONG pedem ao Ministério da Educação, à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) e ao conselho directivo da escola Luciano Cordeiro, que apurem todas as responsabilidades e que «as investigações sejam céleres e objectivas».
Na carta como o título «Morreu para evitar agressão de colegas», a Aministia Internacional, a AMI, a Associação de Apoio à Vítima, a Associação para a Intervenção em Exclusão Social e Comportamento Desviante e a OIKOS, lembram que Portugal é um dos signatários da Declaração e da Convenção dos Direitos da Criança.
Estas ONG lembram também que a «inacção e passividade constituem uma grave violação dos Direitos Humanos», mostrando solidariedade para com a famílias e amigos de Leandro.
A carta termina com a frase de Antoine de Saint-Exupery, « todas as grandes personagens começaram por ser crianças, mas poucas se recordam disso».
O caso de Leandro fez regressar à primeira linha da actualidade o bullying, a violência continuada entre alunos nas escolas. Nos últimos dias, aumentaram os pedidos de informação e de apoio junto da linha telefónica que ajuda vítimas deste fenónemo.
Em Mirandela prosseguem as buscas no rio Tua, com 40 elementos da PSP, da GNR e dos bombeiros, que tenta encontrar o corpo de Leandro que esta desaparecido deste terça-feira. Contudo, o mau tempo, como relatou à TSF Melo Gomes da Protecção Civil, não tem ajudado nas operações.
Fonte: TSF Rádio Notícias por Gabriela Batista
Este caso arrepia-me e só me faz perceber que as crianças tb sao crueis...podemos ve-lo no caso da gatinha Mitsi tb.
ResponderEliminarÉ preciso educação em casa, na escola e na sociedade.
Rezo pelo Leandro, que descanse em paz.
O que acontece às crianças é exactamente o mesmo que acontece aos animais, ou seja, serão o que forem educados para ser, pelas suas experiências, traumas e educação.
ResponderEliminarQuando crescerem serão o reflexo do que os adultos lhes fizeram em pequenos.
É vital que haja educação, não só aos filhos mas principalmente aos Pais, que é onde tudo começa.
E naquelas situações em que os pais não entendem porque são tão cruéis quando os pais não o são, aí deverão questionar-se realmente, porque não é só um pai violento que faz um filho violento, um pai negligente, um pai passivo também o faz e nunca se esqueçam que às vezes os filhos sofrem traumas com terceiros que os pais nunca saberão, traumas pequenos ou terriveis, com vizinhos, amigos, professores ou até mesmo tios e família...
Há muito que fazer neste País para ajudar as crianças e os animais...
No meu coração sinto a mesma agonia e desespero que a mãe do Leandro deve estar sentido neste instante. A minha filha com problemas de aprendizagem e com uma leve deficiência foi vitima de intensa agressividade dos colegas de turma e não só. Chegou a contemplar o suicidio também! Mas a sociecade passa ao lado e as autoridades competentes olham para esta paranóia de violência como "normal" entre as crianças! Que adultos estamos nós a formar!
ResponderEliminarO meu profundo pesar por esta tragédia. Um menino que se sentiu tão desesperado e encurralado!
Milay se quiser falar comigo sobre a sua filha envie-me um mail para pelosamigosleais@sapo.pt para lhe dar o meu contacto. Sou Professora e, infelizmente, já vi muito coisa boa e muita coisa má nas escolas, há professores maravilhosos, mas também os há negligentes e pior... Conheço uma excelente pedo psiquiatra e, além disso, eu própria dou apoio educativo há bastantes anos a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem. Isto só para lhe dizer que, o que precisar para a sua filha e eu puder ajudar, pode contar comigo.
ResponderEliminarGostaria também de saber se a situação com os colegas se resolveu e se a escola fez alguma coisa por isso.
É importante as pessoas saberem essas coisas, a realidade que nos rodeia, muitas vezes, está muito aquém do que se imagina...
Beijinhos
Este caso é simplesmente arrepiante mas penso que é só o fio de uma meada muito mais assustadora... infelizmente.
ResponderEliminarPena é que só se lembrem das coisas quando acontece algo de mau e que tenha sido preciso morrer uma criança para acordarem para o problema.
Nem imagino o desespero do Leandro. Coitadinho! Paz á sua alma.