A mãe da menina de quatro anos que foi vítima de abusos sexuais, no ano passado, pelo primo Rui Silva, de 20 anos, lembrou ontem no Tribunal de Vila Verde os dias de pânico que a filha, de quatro anos, viveu antes de contar que fora violada. Na primeira sessão do julgamento, que decorre à porta fechada, o arguido negou os abusos.
"Notei que a minha filha estava muito estranha,
assustada e não queria que lhe tocasse, mas nunca me passou pela cabeça
que tivesse sido abusada", contou ao colectivo de juízes a mãe de
‘Rita’, nome fictício. Os abusos aconteceram em Março do ano passado,
quando a menina dormia com o primo. "O Rui tapou-me a boca e eu chorei",
recordou a progenitora, com a voz embargada pelo choro. Devido aos
abusos, ‘Rita’ está incontinente.
Antes da mãe de
Rita, já o predador tinha sido inquirido pelo tribunal. Rui Silva negou
tudo. "Não fiz mal a ninguém. Não sei porque é que estou aqui. Eu não
fiz nada disso que estão a dizer", repetiu por diversas vezes o jovem,
acusado de abusar duas vezes da prima.
Os factos
remontam a 19 de Março do ano passado. Rita frequentava a casa da tia e
muitas vezes ficava para jantar e dormia com o primo. Nessa noite, o
primo abusou de Rita, tendo-lhe retirado a fralda. Segundo a acusação,
voltou a violar a menina de manhã, antes de pegar numa faca para a
ameaçar de morte, caso contasse o que tinha acontecido. O julgamento
continua a 16 de Novembro.
Fonte: Correio da Manhã
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