quarta-feira, fevereiro 14, 2001

Sete pedófilos condenados até 2 anos e meio de prisão

Os sete ingleses acusados de envolvimento numa rede internacional de pedofilia foram hoje condenados. A pena máxima dos arguidos foi dois anos e meio de prisão. O responsável de uma associação de protecção da infância disse estar decepcionado.

Dois anos e meio. Foi esta a pena máxima que os sete ingleses acusados de envolvimento numa rede internacional de pornografia infantil, desvendada pela «operação Katedral», que em 1998, envolveu 12 países, incluindo Portugal e mais de 1000 agentes.

John Carr, o responsável de uma associação de protecção de infância, disse estar «decepcionado» - «este é o resultado da maior operação policial da história e nenhum dos acusados apanhou a pena máxima» de três anos.

As penas dos sete indivíduos variaram entre um e dois anos e meio de prisão.
A rede de pedófilos, designada «Clube do País das Maravilhas», dedicava-se à divulgação, através de internet mas de uma forma restrita, de imagens e vídeos de crianças vítimas de abusos sexuais.

No total, 107 pessoas foram acusadas de envolvimento no Reino Unido, Austrália, Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Noruega, Portugal, Suécia e Estados Unidos. Em Portugal, a operação resultou em 3 detenções.

A operação resultou, nestes países, na apreensão de 750 mil fotografias e 1800 vídeos de menores a serem vítimas de ataques sexuais, resultando em 105 detenções.

Em Inglaterra, a operação detectou um grupo de pedófilos cujas idades oscilam entre os 29 e os 46 anos e que se ocupavam exclusivamente à obtenção e circulação restrita de fotografias de 1236 menores, incluindo bebés de três meses, em poses obscenas e profundamente chocantes.

A lista pessoas envolvidas nesta rede internacional foi obtida pelas autoridades quando penetraram no computador do alegado líder do «Clube», Gary Salt, que actualmente cumpre, no Reino Unido, uma pena de prisão de 12 anos por violação.

Mais de um milhão de crianças são aliciadas todos os anos para o negócio da pornografia, de acordo com dados avançados pela UNICEF, que admite existirem dois milhões de menores que se prostituem e são exploradas.

Fonte: TSF SAPO

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